quarta-feira, maio 26

unworthy

Noites inquietas regadas a conversas impessoais com pessoas que não quero mais encontrar por aí. Vergonha. De não conseguir interagir quando esperam por mim e tudo o mais. Vergonha de mim, do que tenho dito e feito. Ou não feito. Pelas minhas contas, faz três anos que venho sentando na mesma cadeira velha, sozinha e sem dar importância a isso. Três anos que esqueci como sorrir de verdade, sem ser fajuta com as pessoas com as quais não me relaciono honestamente de jeito nenhum. Vão continuar vindo atrás de mim, e eu vou continuar falseando interesse. Se pudesse aconselhá-los (o único de meus conselhos que seria utilizável), diria com toda suave preocupação que pudesse expressar: - Não tomem palavra alguma minha como verdadeira, por mais meiga que possa parecer. Aparências dúbias, máscaras e verbetes. Não sejam ignóbeis cometendo o sacrilégio de acreditar em minha pessoa. Há muito perdi o saudável costume de suprir expectativas.
É que ainda está chovendo em mim.

Um comentário:

Pedro Belenos disse...

Eu acredito nas suas palavras, não importa o que você fale de si mesma.