Eu já sei que meus pensamentos podem ser bem confusos e aleatórios, mas isso deve ter tido uma piora considerável desde que parei pra me importar no modo como essas minhas novas (essa palavra aqui se encaixa como uma ofensa) preocupações que na verdade são bem antigas, se entrelaçam àquelas mais antigas ainda e eu já não sei nem o que fazer ao acordar, se levanto e vou me arrastando até a bolsa e engulo quatro comprimidos mui amigos só pra conseguir começar o dia, ou, sei lá, algo diferente como permanecer meio morta fingindo que estou num sono profundo desde a madrugada, que por sinal foi bem chorosa. Me sinto meio vulnerável quando todos ao meu redor agem com uma hostilidade disfarçada, mas bastante agressiva, a meu ver. E só pra sair um pouco da rotina, eu sequer tenho coragem de confrontar alguém. Isso eu considero desleal. Só queria muito é que essa dorzinha chata que fica comprimindo a parte ora frontal, ora lateral, ora completamente "dominando geral" na minha cabeça dissolvesse por algumas horas pra eu poder retomar as minhas atividades que andei deixando de lado.
E acho que a minha vida anda deveras desgraçada devido às minhas atitudes mais recentes, e eu só posso acreditar que o Divino está aborrecido comigo e aplicando-me a introdução de um memorável castigo.
A introdução.
Eu chorei depois da vinheta do jornal matinal, antes do purê de batatas, depois de telefonar pra minha mãe e acho que estou fraca demais pra não chorar ao deitar.
Eu fico tentando me entristecer todos os dias, fingindo que já não tenho motivos pra ficar triste, e tudo que eu consigo é uma dose cavalar de tristeza assim meio cardíaca, assim, meio devastadora, que me enche de borboletas dentro do estômago, que leva embora a hipersônia e me joga na cara um insônia, que só pode ser resolvida com noventa gotas de Dramin e três comprimidos de relaxante muscular.
Eu, desmaio (a especialista que está cuidando do meu maxilar sabe que estou viciada nesses remédios todos e eu não lembro de ter contado).
E algumas imagens me machucam numa proporção mais cruel do que eu jamais vou conseguir medir.
O problema é que, eu sei.
{Tag nova: "fluxo de pensamento": algo à moda Jack Kerouac, pelo fato de que é extremamente revoltante não entender. Algo que me leva à necessidade de dizer: QUE SEJA.}
Nenhum comentário:
Postar um comentário