Você me é tão previsível, tão imutável e desonesta, duvido que algum dia possa vir a me surpreender de verdade. Você não tem uma única carta na manga, tem? Ha, ha, ha. Vou dizer o que você tem. Você só tem umas poucas palavras fedidas - como o estágio avançado de putrefação em carne desprezível. Abutres gostam de você quando a conhecem. Eles a rodeiam e se aproximam porque você é terrível em se tratando de amizades. Você não se arrepende de nada que fez, não é verdade? Não é verdade? Bem, eu me arrependo de algumas coisas, como... ah, nossa, eu me arrependo de ter deixado você entrar na minha vida. Sabe, acho que eu sou um abutre nojento que se alimenta das suas porções generosas de mentirinhas. É sujeira paca. Mas eu não gosto de você. Não amo você, nem sinto vontade de abraçar você. Tudo que você conquistou de mim foi pena. Lembro de você e penso "augh, pobrezinha" e coisas meio aleatórias, mas todas se resumem a... o quê? Nada. É. Nada. Nadica de nada, meu anjo pseudorebelde de asas velhas e gastas. Você é um talento ordinário mal empregado e um punhado de convicções narcísicas errôneas.
Apesar de ter sido escrito há meses atrás, o texto ainda serve diferentes tamanhos de carapuça.
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