segunda-feira, março 15

Segurava um copo cheio de um líquido que poderia ser Jhonny Walker, na mão direita. A esquerda parecia pesadamente ocupada, envolvendo uma folha de papel lilácea, um pouco rota. Palavras, palavras que nunca teria coragem de proferir. A atmosfera embaraçosa de covardia era vaga, porém não inexistente. Lágrimas gordas rolavam quentes sobre a face.
Covarde... Sentimento amargo, enfeitado por matizes obscurecidas. Seu coração estava enegrecido como o casaco ébano que cobria seu par de pernas. Pensamentos soturnos, ódio, psique desfalcada.. ciúmes.
Rostos familiares, desgastados, livres. Era lá o seu lugar. Sua pocilga sombria.. E seus sentimentos esvaiam-se, mel diluindo-se em álcool.
Três pares de olhos que jamais lhe seriam tomados. Jamais. Obsessão. Sulcando sua mente, implacável, inexorável.


Quem era ela, agora..

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