terça-feira, outubro 12

Sobre orquestras e espectadores.

Eu acredito que meus relógios cantam. Desafinados e sem o menor vestígio de harmonia, porém cantam. E suas canções falam sobre algo mais do que somente o desperdício. Eles cantam, inexoráveis, sobre a densidade da vida assistida com a alegria sincera de um voyeur. Cantam sobre dias fatalmente silenciosos. Cantam, mesmo quando não têm fôlego pra cantar.

Nenhum comentário: