sábado, janeiro 8

Baby, you can see these lonely days were made for us.


A parte bonita de ouvir Placebo e lembrar da gente e do lugar em que vivíamos, é que eu ainda guardo boas lembranças do ano retrasado, e isso poderia render grandes histórias. Desde aquela época eu nunca mais me propus a escrever algo sobre nós, mas é que pra mim tudo ficou tão no passado, e voltar a ele nem sempre é conveniente. Ainda me sinto responsável por você e pelas escolhas que fez quando tudo terminou assim, tão. Abruptamente, talvez? Sempre tive a sensibilidade de ver em que áreas da sua vida eu lhe influenciei (negativamente) e em quantas outras eu permaneci sem tocar. Foram poucas, concorda? É como eu escrevi certa vez: "puxei-a pro meu abismo e me pergunto se alguma vez eu te salvei. porque eu só vejo regressões aqui." Você sabe onde encontrar escritos sobre a gente, e eu acho que vou gostar de relê-los mais uma vez. Olha, eu sinto falta de algumas coisas que passamos e que mudaram nossa mentalidade simultaneamente. Foi bom mudar junto com você e compartilhar meus sentimentos com quem sabia do que eu estava falando. Foi bom brincar de família com você, mesmo que nós duas saibamos perfeitamente que nada daquilo que vivemos foi brincadeira. Mas foi muito bom. Foi bom até mesmo quando chegou ao fim. E você sabe que foi, porque nos alimentávamos de pequenas tragédias, mesmo que sejam definitivas como aquela.
Saiba que eu gostaria de estar mais presente e fazer parte da vida que você está levando agora, nem que fosse pra dizer o que você não deveria fazer, embora você fizesse tudo assim mesmo. Quero que seja feliz, e busque um caminho onde se sinta bem ao percorrê-lo. Estou tentando emergir das profundezas deste oceano que, assim como você, deixei-me afundar. Espero que se sinta motivada a fazer o mesmo.

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