quarta-feira, julho 20

"Fuck pride. Pride only hurts".

É tão profunda essa dor na minha carne, dor grosseira e incessante em algum lugar aqui por dentro; uma dor que só agora - ah, mas por que tão cedo? - só agora resolveu me cutucar da maneira mais indelicada possível.

E em meio à sujeira pegajosa que cresceu no exato momento em que eu te expulsei daquele lugarzinho morno e aconchegante que moravas, eu consigo lembrar da tua voz, aquela coisinha encantadora e firme, da segurança que ela me passou na única vez que falamos. Eu sei que jamais, jamais, jamais tornarei a ouvi-la, mas asseguro-te que isso não me atormenta como pensei que fosse.

Não há espaço para desculpas. Não há e nunca houve, mas isso não ficou claro na primeira discussão. Nem na segunda, tampouco nas outras todas que se seguiram. E não é o que vim fazer aqui, exatamente porque não me arrependo de absolutamente nada.

Vim confessar que só agora estou sentindo algo. Algo belo, talvez. Mas tão pungente e também com aquele ar de podridão que paira depois de rompantes de impulsividade - como o que nos separou definitivamente.

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