quinta-feira, janeiro 5

Creepy kind of mood.

Mas desta vez foi igualmente rápido; seu corpo pequeno debatia-se sob o meu, forte e imortal. Suas mãozinhas em meus ombros tentavam refrear o ataque, enquanto sua pele glacial e pulsante sem querer atiçava minha fome. Sonhei com um lugar chamado Arvoredo, enquanto estive intimamente bebendo dela. Roubava-lhe o que não tinha direito, apenas necessidade. Sonhei coisas que não me pertenciam, conheci fragmentos de sua vida e seus segredos de menina negligenciada. Vítima infeliz. Não posso sequer me permitir pensar sobre justiça. Não, agora é muito tarde. Roubei seu sofrimento para mim, roubei sua última gota de sangue e a deixei para trás. Beijei-a na fronte, tão molhada de suor. A mãozinha que antes arranhava meu ombro caíra. Rápido. Eu estava saciada. 

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