domingo, setembro 8

Olha bem pra minha barba e tenta ler meus lábios cantando fora a minha dor. Aproxima teu ouvido do meu timbre brando, que eu tô tentando não deixar embrutecer pelo peso desses anos de merda. Me acompanha com os dedos tamborilantes e deixa eu te acalmar. Coloca tua mão na minha e me aceita, me acolhe pra ti com toda a minha calhordice cínica. Fala que é pra eu voltar pra tua casa e te preparar chá com abraço no meio da tua crise e te proteger das tuas próprias mãos. Deixa eu te olhar ainda, que a gente mal se conhece pra se detestar tanto sem motivo. Me mostra tua poesia e desafivela meu cinto pra eu te ler por dentro e te convencer, minha idiota de batom, como tu tava errada quando calculou que eu parei de te amar e admite que tu nunca  foi boa em matemática. Assume com a língua na minha que quer minha ajuda e eu corro daqui até aí pra te revistar inteira e achar em algum lugar de ti o amor que só cabe a mim. Me procura, me visita, me resgata, me escreve contando como eu faço pra arrancar da minha pele a tua marca.

3 comentários:

Joysticks disse...

tenho saudade de ti.
Juan

Nayra Bastos disse...

ei, tu ainda usas esse blog? Sou eu, que te chamava de "coisinha de manaus". És tu mesmo, né? A pic´s? *---*

Nayra Bastos disse...

se tu fores, me procura no facebook: nayra wladimila. e me manda inbox pra eu te reconhecer. saudade *-*