terça-feira, agosto 3

I - Amitriptilina insuficiente.

Queria dizer que te acho tão bonita e eu queria te proteger, como se eu fosse uma irmã mais velha mesmo sendo a mais nova; que te odeio tanto quanto te amo e isso não é algo ruim, apesar de estranho, mas amar alguém sem sentir também ódio, eu desconheço. Você nunca vai fazer uma ideia do quanto me machuca, sem fazer quase nada; e quando digo "quase", estou querendo dizer que não são as coisas que você faz intencionalmente, entende? Sente? É o que eu digo; é confuso ter que pensar assim da forma como eu penso, tudo se torna impensável e por isso mesmo eu escrevo. 
Eu prefiro sentar na janela pra sentir o vento na cara dançando com meus pensamentos - eu penso tanto sobre tantas coisas, sempre coisas que não têm muito valor, coisas tristes e vezenquando descubro um bruxulear de otimismo assim, meio escondidinho nessa minha mente deturpada e desesperançosa, moldada à Schopenhauer e Hemingway. Saiba que você está sempre nesses mesmos pensamentos, e enquanto eu tiver um lúcido domínio sobre eles, não permitirei que fiquem sem sua presença. Sabe do que mais? Que você parece ser somente -e tão somente- a minha melhor amiga, ou amigo, ou amigo-amiga pra todo sempre e eternidade, e seja lá onde estivermos.

Um comentário:

Pedro Belenos disse...

Sentir-se na presença de um amigo verdadeiro é realmente bom.